Heartfakers - Donovan

Neste sábado, os Heartfakers estarão no Donovan Irish Pub, a partir das 22 hs, destilando o melhor Blues da ilha.

Dia do Rock

Hoje é o dia internacional do Rock. E, nada melhor, para o hoochie coochie blog do que celebrar com uma das maiores bandas de rock de todos os tempos e sua influência blues. Led Zeppelin com Since I've been loving you

Eric Clapton: Groaning the blues

Heartfakers - Florianópolis (SC)

Heartfakers é uma banda de blues/rock de Florianópolis (SC) que faz um som tecnicamete competente e emocionante ao mesmo tempo. Como diz no blog da banda (http://heartfakers.blogspot.com/): "Enganadores de coração. O nome diz tudo. Longe do purismo barato – afinal, eles são branquinhos, de classe média e nunca colheram algodão no sul dos EUA, os Heartfakers se apropriam das raízes da música negra, subvertem seus valores e nos mostram suas versões de músicas de Muddy Waters, Robert Johnson, B.B. King, Howling Wolf, Ray Charles, Jimmy Reed e outros. Versões despretensiosas, tocadas menos com técnica e mais com o sentimento que o gênero pede e propõe, mostrando todos os anos de estrada acumulados pelos integrantes da banda. E para eles, fazer igual não vale. Tem que ter tesão e inventividade, para reinventar pra fazer de novo, ainda que um pouquinho diferente, o que todos já fizeram. Pra no final do show, todos saírem de alma lavada, mesmo que eles insistam em dizer que só estão enganando o coração das pessoas".

Os Heartfakers são:

Rodrigo Daca - Voz

Fernando Lapolli - Guitarra

Paulo Valério - Guitarra

Marco Ruiz – Baixo

Marcelo Peixoto – Bateria

Heartfakers no Donovan Irish Pub

Neste sábado (04/07), a partir das 22:00, os Heartfakers levam seu repertório recheado de blues, soul e rock para o palco do Donovan. Esperamos todos por lá. Grande abraço.

Vídeo da Semana

John Lee Hooker - Hobo Blues - Live 1965 At American Folk Blues Festival

Álbuns Fundamentais do Blues

Muddy Waters - At Newport 1960

Festival de música. Aproximadamente 10.000 jovens turbinados por cerveja tentam quebrar os portões do festival e assistir aos concertos de sábado à noite de graça. Porém, a lotação já estava esgotada. Resultado: polícia, gás lacrimogênico, pessoas presas.
Quando isso? 1960. No festival de Jazz de Newport.
No dia seguinte, a prefeitura e a polícia decidiram cancelar as apresentações das duas noites seguintes, porém, domingo era o dia do blues – patinho feio e que sofria certo preconceito dos jazzistas mais puristas – e as autoridades acharam desnecessário cancelar esta noite. Sorte nossa.

Neste dia, Muddy Waters (1915-1983) fez sua endiabrada perfomance que e colocou o Blues no gosto do pessoal mais intelectualizado e culto da época, o que levou a maior aceitação do gênero. Foi um marco. No post anterior, há um vídeo extraído deste concerto. Foi, para muitos, o primeiro contato com o blues ao vivo e seu som ainda é impressionante.

Banda:

Muddy Waters – vocais, guitarra
James Cotton – gaita
Otis Spann – piano
Pat Hare – guitarra
Andrew Stephenson – baixo
Francey Clay – bateria

Faixas:

I Got my brand on you (Dixon)
Hoochie Coochie Man (Dixon)
Baby Please don’t go (Morganfield)
Soon Forgoten (Oden)
Tiger in your tank (Dixon)
I Feel so good (Broonzy)
I’ve got my mojo working (Foster)
I’ve got my mojo working, part. 2 (Foster)
Goodbye Newport Blues (Hughes – Morganfield)

Vídeo da semana

O mestre Muddy Waters interpretando I Got My Mojo Working no Festival de Newport em junho de 1960.

Muddy Waters – Vocals
James Cotton – Harmonica
Otis Spann – Piano
Pat Hare – Guitar
Andrew Stephenson - Bass
Francey Clay - Drums

Blind Willie McTell - Bob Dylan

Um dos melhores e sinceros blues que conheço não foi escrito e interpretado por um bluesman, mas por Bob Dylan. O cantor e poeta norte-americano fez uma singela homenagem à influência que recebeu do blues, cantando sobre Blind Willie McTell e a vida 'blues'.
Segue abaixo o vídeo com a música e a sensacional letra, bem à la Dylan.




Blind Willie McTell by Bob Dylan (fonte: www.bobdylan.com)

Seen the arrow on the doorpost Saying "This land is condemned
All the way from New Orleans To Jerusalem.
"I traveled through East Texas Where many martyrs fell
And I know no one can sing the blues Like Blind Willie McTell
Well, I heard the hoot owl singing As they were taking down the tents
The stars above the barren trees Were his only audience
Them charcoal gypsy maidens Can strut their feathers well
But nobody can sing the blues Like Blind Willie McTell
See them big plantations burning Hear the cracking of the whips
Smell that sweet magnolia blooming (And) see the ghosts of slavery ships
I can hear them tribes a-moaning(I can) hear the undertaker's bell
(Yeah), nobody can sing the bluesLike Blind Willie McTell
There's a woman by the river With some fine young handsome man He's dressed up like a squire Bootlegged whiskey in his hand There's a chain gang on the highway
I can hear them rebels yell And I know no one can sing the blues Like Blind Willie McTell
Well, God is in heaven And we all want what's his But power and greed and corruptible seed Seem to be all that there is I'm gazing out the window Of the St. James Hotel
And I know no one can sing the blues Like Blind Willie McTell
Copyright ©1983 Special Rider Music

Álbuns fundamentais do blues

John Mayall - Bluesbrakers With Eric Clapton (1966)

O marco zero do blues britânico. Claro que outras gravações do gênero já haviam pintado na Inglaterra, mas foi essa que chamou a atenção para um som pouco conhecido até então por lá, o blues. Insatisfeito com a abordagem pop que os Yardbirds estavam dando as suas canções, Eric Clapton tirou seu time de campo e se juntou a trupe de John Mayall. Ao lado de Mayall na gaita, órgão e piano, John McVie (um dos fundadores do Fleetwood Mac) no baixo e Hughie Flint na bateria, Clapton registrou uma das mais poderosas performances de guitarra de sua geração. Interpretando de Otis Rush a Ray Charles, passando por Freddy King e temas do próprio Mayall, a banda nos mostra porque esse disco foi tão fundamental para os blueseiros britânicos que vieram na sequencia. Com essa performance, Clapton plantava a semente do que viria a ser o Cream. Mas aí já é outra história.

Faixas

All Your Love

Hideaway

Little Girl

Another Man

Double Crossing Time

What'd I Say

Key To Love

Parchman Farm

Have You Heard

Ramblin' On My Mind

Steppin' Out

It Ain´t Right

Peter Green's Fleetwood Mac (1968)

Depois de saírem da banda de John Mayall em 1967, Peter Green (guitarra) e John McVie (baixo) se juntam a Jeremy Spencer (piano e guitarra slide) e Mic Fleetwood para formarem o Fleetwood Mac. Entram em estúdio e lançam seu primeiro álbum em 1968.Sucesso total , o disco chega ao 4º lugar nas paradas britânicas, provando que o blues também podia ser popular. Em canções de Robert Johnson, Howlin Wolf, Elmore james e temas próprios, a guitarra de Peter Green se casa perfeitamente com o Slide pesado e altamente influenciado por Elmore James de Jeremy Spencer e a cozinha e o piano seguram todas para as improvisações guitarrísticas. Nascia assim mais um clássico do Blues britânico.

Faixas

My Heart Beat Like A Hammer

Merry Go Round

Long Grey Mary

Hellhound On My Trail

Shake Your Moneymaker

Looking For Somebody

No Place To Go

My Baby's Good To Me

I Loved Another Women

Cold Black Night

The World Keep On Turning

Got To Move

Eu recomendo

Nessa sessão estaremos indicando alguns grandes álbuns aos nossos leitores. Boa audição a todos.

Knights Of The Blues Table (1996)

A capa deste álbum não entrega o jogo. Parece um disco de guitarristas virtuosos, no pior sentido da palavra. Mas quando se observa os músicos paticipantes você pensa:"Opa, daí deve sair coisa boa." E é o que acontece. Na verdade é um tributo de britânicos que começaram suas carreiras nos anos 60 baseados no blues. Tem Jack Bruce (ex-Cream) na gaita e baixo em "Send For Me", a levada jazz De "If You Love" com Geordie Fame no orgão Hammond, Chris Jagger com o irmão mais famoso na gaita em "Racketeer Blues", uma versão totalmente acústica de "Don´t Let Me Be Misunderstood" com Miller Anderson (ex-Savoy Brown), Maggie Bell (ex-Stone The Crows) com "Blind Man", Peter Green (ex-Fleetwood Mac) em uma fiel versão de "Travelling Riverside Blues" de Robert Johnson e pra fechar Mick Taylor (ex-Rolling Stones), em uma versão de "You Shook Me" muito parecida com a que o Led Zeppelin Gravou no seu primeiro álbum. Vale a pena correr atrás do álbum. Eu recomendo.

Faixas
Send for Me - Jack Bruce
If You Live - Georgie Fame
Go Down, Sunshine - Duffy Power
Racketeer's Blues - Chris Jagger, Mick Jagger
Rocks in My Bed - Pete Brown, Phil Ryan
Don't Let Me Be Misunderstood - Miller Anderson
Blind Man - Maggie Bell, Big Jim Sullivan
Traveling Riverside Blues - Peter Green, Nigel Watson
Drop Down Mama - TS McPhee
I've Got News for You - Jack Bruce, Clem Clempson
Nine Below Zero - Nine Below Zero
Judgement Day - The Pretty Things
Play on Little Girl/T-Bone Shuffle - Paul Jones, Otis Grand
One More Mile - Mick Clarke, Lou Martin
You Shook Me - Mick Taylor, Max Middleton

Vídeo da semana

Hound Dog Taylor (guitarra e voz) e Little Walter (gaita) detonando em Wild About You Baby de Elmore James

Álbuns fundamentais do Blues

Robert Johnson – The complete Recordings
Aí está a bíblia do Blues, tudo que já foi escrito e falado sobre essas gravações é pouco para mostrar a influência que estas músicas exerceram sobre tudo que foi feito depois. Robert Johnson nasceu em 1911 no Mississipi, trabalhou no campo até os 16 anos, quando resolver abandonar tudo pra seguir a carreira artística. Em sua curta carreira profissional, entre 1936 e 1938, gravou 41 canções em apenas duas sessões de estúdio. Dizem que ele morreu envenenado por um marido ciumento, que tinha pacto com o diabo, etc. Nada disso tem interesse quando a música fala mais alto que tudo. Compre, roube, copie... mas não perca a chance de ser “catequizado” por essa obra.

Faixas

CD 1

Kindhearted Woman Blues

Kindhearted Woman Blues (alternate take)

I Belive I'll Dust My Broom

Sweet Home Chicago

Rambling On My Mind

Rambling On My Mind (alternate take)

When You Got A Good Friend

When You Got A Good Friend (alternate take)

Come On In My Kitchen

Come On In My Kitchen (alternate take)

Terraplane Blues

Phonograph Blues

Phonograph Blues (alternate version)

32-20 Blues

They're Red Hot

Dead Shrimp Blues

Cross Road Blues

Cross Road Blues (alternate version)

Walking Blues

Last Fair Deal Gone Down

CD2

Preaching Blues (Up Jumped The Devil)

If I Had Possession Over Judgment Day

Stones In My Passway

I'm A Steady Rollin' Man

From Four Till Late

Hellhound On My Trail

Little Queen Of Spades

Little Queen Of Spades (alternate take)

Malted Milk

Drunken Hearted Man

Drunken Hearted Man (alternate take)

Me And The Devil Blues

Me And The Devil Blues (alternate take)

Stop Breakin' Down Blues

Stop Breakin' Down Blues (alternate take)

Travelling Riverside Blues

Honeymoon Blues

Love In Vain

Love In Vain (alternate blues)

Milkcow´s Calf Blues

Milkcow´s Calf Blues (alternate take)

B. B. King – Live At The Regal
Gravado em um dos templos da música negra americana em 1964, esse álbum é considerado por muitos o melhor disco ao vivo da história do blues. E não é por menos. B. B. King nos brinda com uma performance matadora, onde a entrega e entusiamo deixam qualquer um de queixo caído. Rodeado por uma bandaça, o mestre mescla Slow blues com shuffles de tirar o fôlego. Depois desse álbum todos passam a entender por que ele é considerado o rei do blues.

Faixas

Everyday I Have the Blues

Sweet Little Angel

It's My Own Fault

How Blue Can You Get

Please Love Me

You Upset Me Baby

Worry, Worry

Woke up This Morning

You Done Lost Your Good Thing Now

Help the Poor

Primeira postagem

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